Não Cair na Armadilha
Agosto 11, 2006, 1:51 pm
Filed under: Em foco

Decidimos apresentar este recente artigo de Pierre Vial pelo facto de considerarmos pertinente uma tomada de posição desde uma perspectiva identitária e arqueofuturista face ao conflito que opôe oEstado de Israel e a organização islâmica Hezbollah. Concordando em substância com o autor do artigo, julgamos que esta é a única posição legítima para qualquer individuo que, de forma sincera e desinteressada, está empenhado no combate pelo Renascimento da Europa.

O nosso movimento identitário (utilizo este termo prático para englobar todos aqueles que partilham a nossa concepção do mundo) é incitado, de maneira por vezes subtilmente viciosa, por certos personagens, por certos grupusculos mas também – o que é mais grave – por certos grupos de influência poderosos, a fazer uma escolha em termos de alternativa: é necessário apoiar os muçulmanos ou os judeus, os muçulmanos ou os EUA.

Em virtude de imperativos morais: Quem fica chocado e escandalizado pela agressão de Israel contra o Líbano, tem de se colocar no campo anti-judeu. Quem fica chocado e escandalizado pelas acções do Hezbollah (e dos islamistas de todos os tipos), tem de se colocar no campo anti-muçulmano. Corolário: se os Estados Unidos apoiam incondicionalmente Israel, ser-se hostil ao imperialismo americano implica ser-se hostil ao Estado judaico. Há dois campos, é necessário escolher um ou o outro.

Este maniqueísmo é uma armadilha. Leva as pessoas de «extrema-direita» (expressão mediática que designa, sabemo-lo bem, uma nebulosa constituída por elementos extremamente diferentes uns dos outros, ou mesmo opostos em certos pontos ideológicos) a fazer ouvidos moucos quer às sirenes do islamismo, quer às sirenes da comunidade judaica, tanto de Israel como da diáspora. Isto é, insisto, cair numa armadilha grosseira e mortalmente perigosa. Porque os bons Europeus, para retomar a famosa expressão de Nietzsche, não têm de ser os aliados (de facto, os «idiotas úteis») nem dos loucos de Alá nem dos novos zelotas.

Sejamos claros: Israel é um Estado terrorista, um Estado assassino, murado na sua paranóia colectiva, que não pára, nem parará, perante nada – incluindo a perspectiva de uma deflagração mundial – para defender os seus interesses. Conformemente, matar soldados da O.N.U e crianças libanesas são apenas «incidentes». Os loucos de Alá estão exactamente na mesma disposição de espírito porque a sua motivação exclusiva, a sua razão de ser, é impor por toda a parte o Islão, incluindo na Europa, com tudo o que isso implica, e a luta contra Israel é uma preciosa ocasião para inflamar os seus partidários. São duas lógicas paralelas e que podem apenas enfrentar-se sem remissão.

Face a isto, os bons Europeus devem ter em mente apenas um imperativo: o seu interesse. Ora, o nosso interesse é deixar os loucos de Alá e novos zelotas matarem-se uns aos outros. O nosso interesse é ter em mente por único imperativo a libertação das nossas terras e os nossos povos. Libertação através de uma luta sem piedade contra os invasores vindos do Sul, para quem o Islão é um álibi pseudo-religioso, um cavalo Tróia. E, da mesma maneira, libertação através de uma luta sem piedade contra os grupos de pressão ao serviço de Telavive, instalados nos nossos países, que querem arrastar-nos para uma guerra que não é a nossa manipulando a nossa recusa dos invasores vindos do Sul.

O Médio Oriente está em fogo? Sim, e depois? Limitemo-nos a contar os golpes e a organizar, em nossa casa, a resistência, a reconquista e o renascimento, contra todos aqueles cuja bússola aponta para Jerusalém ou Meca. Todos os Europeus que rejeitem esta escolha e se coloquem detrás dos loucos de Alá ou dos novos zelotas são objectivamente traidores, colaboracionistas, e devem ser considerados e tratados como tal.

Este posicionamento é o único conforme à nossa via de sempre: a terceira via, identitária e etnocomunitária.

Pierre Vial (Terre et Peuple)


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