Com praticamente uma semana de atraso, o trabalho assim obriga, eis que, com algum cansaço, mas mais sereno, consigo finalmente tecer algumas impressões sobre um grande acto identitário.
No passado sábado, dia 23 de Fevereiro, a associação Causa Identitária realizou a sua II Conferência Internacional, a qual demonstra claramente a vitalidade e enorme empenho deste colectivo na renovação ideológica que tanta falta faz ao nosso país, enfiado está na pasmaceira mental, no conformismo canino, no carneirismo seguidista das verdades-feitas. No dia 23 a CI fez História, doa a quem doer, em particular aos arautos da desgraça, vaticinadores equivocados de finais antecipados, cegos estão pelas suas obsessões maníaco-depressivas. Mesmo as manobras mais reles e reveladoras de uma sevandija asquerosa para com a minha pessoa e por extensão para com a própria associação foram ineficazes e absolutamente inócuas face ao assombroso sucesso obtido com esta conferência, uma conferência que deixou bem vincado que o ideal identitário é indiscutivelmente a única alternativa face ao sistema obliterador dos povos, aliás, algo que o companheiro de luta Carlos Branco, dirigente do MPP, deixou amplamente patente.
Não obstante as más condições atmosféricas, a Conferência iniciou à hora prevista e com uma boa moldura humana, pese ser um sábado de manhã em que tanto apetecia ficar na cama a repousar depois de mais uma semana de trabalho frenético. De realçar o aspecto iconográfico da sala, mestria da equipa identitária encarregue pela logística, que bem deixou expresso o seu profissionalismo e conhecimento das técnicas modernas de realização de eventos públicos.
No que concerne às intervenções, remeto os amigos leitores para a página da Causa Identitária, onde poderão ler o que ali foi falado e debatido. Pessoalmente senti-me privilegiado por assistir a intervenções tanto brilhantes como refrescantes, autêntica desintoxicação cultural, informativa e formativa.
Desejo, contudo, realçar o ambiente de extraordinária camaradagem, e mesmo irmandade, que foi a tónica durante todo o evento, a qual foi regada pelo extraordinário licor de ginja (com rótulo da associação, diga-se), obséquio dos associados de Alcobaça, que demonstraram dessa forma uma extraordinária criatividade, característica que desde sempre marcou a área identitária. De referir igualmente a enorme variedade de material para venda presente nas bancas dispostas na sala da conferência, fosse literatura das Edições Falcata, as t-shirts da CI, o já mencionado licor de ginja, os extraordinários jornais IdentidaD, o boletim da Asamblea Identitaria, as bonitas peças de artesanato produzidas pela OfiBel, os cd’s de música graciosamente oferecidos pela Extremo Ocidente, além da nova publicação da CI, a revista Identitário, na qual tenho a honra de ser um dos colaboradores.
Entre todos os presentes destaco a agradável surpresa que foi conhecer a Inês e o Silvério do blog O Canto da Cotovia, assim como ter por fim conhecido o João Roma, animador da secção lusa da Rádio Bandiera Nera, entre outros bons companheiros que me vão perdoar por certo a não menção, já que quero acima de tudo expressar o meu apreço e enorme honra que foi ter em solo pátrio os amigos da associação homóloga Asamblea Identitaria (Aida, Juan, Jose e Eduardo un fraterno saludo a vosotros!), e em igual medida o orgulho de ter conhecido e mantido largas conversas com Fabrice Robert e Philipe Vardon, dirigentes do Bloc Identitaire e da formação regionalista N.I.S.S.A. (merci à tous les deux!), dois pioneiros da aventura identitária e que são um incontornável exemplo de coerência ideológica e militância, além de constituírem uma inquestionável inspiração para todos nós, identitários portugueses e europeus.
Por fim, tive ainda o prazer de ter sido cicerone destes nossos amigos em terras saloias, dando a conhecer a lindíssima Sintra, esse pedaço paradisíaco situado nesta extremidade da terra europeia, que estes irmãos muito apreciaram e louvaram.
Uma jornada memorável, para recordar pela sua importância e influência que doravante se fará conhecer e sentir. A partir daqui já nada será como dantes, juraram os identitários portugueses.
19 comentários so far
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Meus sinceros parabéns, pelo esforço e dedicação que possibilitaram essa conferência, a todos da C.I. e a vcê caro amigo arqueofuturista. Não pude me desvencilhar de minhas obrigações aqui no Brasil para poder prestigiá-los, mas espero estar presente na terceira Conferência ou em outras realizções dos identitários portugueses.
Comentar por Aldo Friederiksen Março 1, 2008 @ 12:02 amContinuem na luta.
Abraços do Atlãntico Sul!
De facto foram vividos momentos naquele dia de ficar para sempre na memória e dignos de serviverm de historias à beira da lareira aos nossos netos!
Comentar por Surviver667 Março 1, 2008 @ 1:03 pm“A partir daqui já nada será como dantes, juraram os identitários portugueses.”
Desculpe o cépticismo mas, como qualquer bom Inglês diria: “yeah, right…”
Comentar por D. Sebastião II Março 1, 2008 @ 2:47 pmMerci à tous pour le formidable accueil!
La résistance européenne se construit jour après jour, pas après pas, pierre après pierre. Ensemble!
Amitiés,
Comentar por Philippe VARDON Março 1, 2008 @ 2:53 pmPhilippe VARDON
Pena pena não ter mesmo dado.
Comentar por Bernardo Kolbl Março 1, 2008 @ 10:05 pmImporta é o sucessssssoo!
O resto, deixa ladrar, Kamrad.
Um abraço.
( Hoje tive de vir à blogo, suck oblige. Cumprimentos do PR e da Sónia ).
“De facto foram vividos momentos naquele dia de ficar para sempre na memória e dignos de serviverm de historias à beira da lareira aos nossos netos!”
E muito mais haverá para contar.
Saudações Arqueofuturista. Parabéns aos identitários pela conferência e um obrigado pela agradável e enriquecedora experiência.
Comentar por Silvério Março 1, 2008 @ 11:25 pmFoi um dia em grande e só quem não esteve presente pode desvalorizar a importância do que aconteceu naquele local.
Pelo comentário do D. Sebastião II percebe-se que não esteve presente, azar o dele. Quando tiver coragem de fazer alguma coisa séria pela Pátria que se chegue á frente, até lá é preferivel estar calado para não ser infeliz como foi.
Parabéns á Causa Identitária.
Comentar por P.Cardoso Março 1, 2008 @ 11:32 pmOs deseo mucha suerte a los identitarios Portugueses. Aquí en España me parece que las cosas aún empeorará más…
Comentar por pepin Março 2, 2008 @ 9:27 amCardoso, só critiquei o exacerbamento do “missão cumprida”.
Os Nacionalistas não são NADA para o Nacionalismo, o povo é TUDO para o Nacionalismo.
E aqui, o povo sou eu.
Não estou a dizer que não foi um sucesso, estou apenas a relembrar que há um caminho longuíssimo pela frente e que esse caminho tem de incluír o sucesso do povo Português, não de 5 ou 50 Nacionalistas.
No entanto, estou consciente que é necessário dar um passo de cada vez até se chegar ao “paço”, por isso continuem e um bem haja! Mas não cantem vitória por terem avançado 1 milimetro quando vos falta dar a volta ao mundo.
Esta agora é para quem quiser responder:
Eu já li o texto e o sucesso consistiu exactamente no quê?
—————–Á parte—————————–
Aldo, compreendeste agora o que quis eu dizer com o Brasil, a Colômbia e Venezuela? E olha que isto é apenas o início…
Comentar por D. Sebastião II Março 3, 2008 @ 12:43 amOK, D. Sebastião,invejo teus dons proféticos (realmente não esperava que toda essa m… explodisse tão depressa), mas acho que nessa o bufão de Caracas pode se dar mal, por dois motivos, primeiro: o meliante não esperava essa cartada do Uribe e dos serviços secretos colombianos com o apoio americano.Eles colocaram a nú a aliança Chaves-Farc para quem queira ver(não que a esquerda e os mérdia não sejam capazes de fazer um contorcionismo semântico para que a vilania se encaixe em Uribe e na Colômbia, mas vão ter trabalho) , e a esquerda dita vegetariana do continente vai ter que tomar posição, e aí vários lobos poderão surgir por baixo da lanugem.Segundo, a tentativa de desviar os olhos da população venezuelana da crise econômica e social que mergulhou os venezuelanos não se manterá por muito tempo, pois numa economia dependente quase que exclusivamente de um único produto, e ainda de um produto que pode ter comprometido todos os ciclos de produçao e exportação no caso de um conflito, a carestia se agravará tão logo estoure o primeiro tiro, aí é bem provável que esse índio fanfarrão ainda acabe de cabeça para baixo num poste, se Deus quiser!
Comentar por Aldo Friederiksen Março 4, 2008 @ 2:20 amUm abraço.
Os Nacionalistas não são NADA para o Nacionalismo, o povo é TUDO para o Nacionalismo.
Bem, sem ovos não se fazem omoletes, e sem o activismo dos Nacionalistas, não se chega a veicular o Nacionalismo, mas percebo o sentido da frase e concordo, dum modo geral. O Nacionalismo tem de se virar para todo o Povo, e é por aí que se lhe mede o sucesso.
E aqui, o povo sou eu.
Isso é que não, D. Sebastião II… O Seb. é um cidadão do país, mas não representa a opinião popular. Acresce que a sua índole ideológica tendencialmente minho-timorense faz com que não aprecie as movimentações identitárias, e não adianta escondê-lo. Por conseguinte, a sua apreciação das coisas tem de ser tomada cum granu salis…
Comentar por Caturo Março 4, 2008 @ 3:05 pm“Aldo, compreendeste agora o que quis eu dizer com o Brasil, a Colômbia e Venezuela? E olha que isto é apenas o início…”
D. Sebastião II,
Não se a coisa era mesmo para começar assim, mas vejo que está “atento”. Aguardemos para ver como o indio se vai sair.
A CIA está mais “inteligênte” mas o passado persegue até os mais novos.
Legionário
Comentar por Anónimo Março 5, 2008 @ 9:30 amO Caturo que me desculpe, mas eu não tenho quaisquer tendencias “Minho-Timorenses”.
Quanto á minha expressão “E aqui, o povo sou eu”, foi feita num contexto do qual não deve ser dissociada.
É óbvio que eu “não sou o povo” e muito menos represento “a opinião popular”.
O que eu quis dizer foi que eu fui, segundo me parece, o único a ter uma opinião do “feito” por fora, a opinião do povo Português que contrasta com a dos Nacionalistas. Atenção Caturo, foi apenas isso que eu disse.
Na óptica do povo, o “feito” foi nulo, para os Nacionalistas o “feito” foi grandioso. Estava a “ser o povo” providenciando a visão do povo.
Mas é assim tão difícil de entender?
Comentar por D. Sebastião II Março 5, 2008 @ 11:49 pmAldo, foi o Bandarra que me legou esses poderes proféticos. Mas atenta que ainda não se realizaram, pois estes incluem o Brasil.
Agora repara:
Venezuela, Equador, Perú e Bolívia (talvez o Paraguai) formam um eixo, chamemos-lhe Bolivariano. Lula faz parte deste eixo, claramente. No entanto, o Brasil não faz (por enquanto). No Continente Sul Americano, o Chile, a Argentina e o Uruguai estão longe desse eixo (para os identitários, se quiserem, podem notar a relação entre percentagem de população Europeia e a pertença ao eixo). O Brasil está dividido, com um Sul (e Sudeste) divididos e um Norte aparentemente integrado no eixo. A Colômbia está (e não falemos da América Central) isolada. Fidel Castro dimitiu-se de Cuba para (talvez? para mim é claro) dar lições aos seus aprendizes, entre os quias constam Lula e Chávez de como exportar La Revolución. Castro é um Homem altamente influente e lúcido nesta geopolítica que sempre foi o seu sonho (ou pelo menos o de Che) e agora Chavéz parece conseguir concretizar.
As peças movem-se. Para o eixo ter continuídade territorial necessita derrobar o governo “Europeísta” de Uribe. Os Americanos simplesmente não são bons aliados na América Latina. Deixaram cair Uribe, especialmente se os Democratas vencerem as eleições. McCain é um RINO (Republican in name only) pelo que, não prestará muitos serviços á Colômbia.
“tentativa de desviar os olhos da população venezuelana da crise econômica e social que mergulhou os venezuelanos”
Aldo, há cinco anos atrás a Colômbia era um país bem mais próspero que a Venezuela, maior, apenas com o problema da violência. Hoje em dia, e graças a Chavéz é diferente. A Colômbia está dividida; as FARC controlam um terço do território e estão bem infiltradas na sociedade; a oposição tem liberdade; Existe a noção de que uma “elite branca” de 10~15% controla o país, o que causa descontentamento; Chavéz é a encarnação de Ché para muitos esquerdistas.
Pois atente nas estatísticas da CIA:
A Venezuela é mais pequena e possui 27 milhões de habitantes, face aos 40 e pouco da Colômbia. O rátio é menos que 2:1.
PIB Colômbiano: 320 biliões; Venezuelano: 335 biliões.
PIB per Capita Colômbiano: 7200 dólares/ano; Venezuelano: 12800 dólares/ano
Crescimento Económico/ano: Colômbia:6,5%; Venezuela:8,3%
População pobre na Colômbia: 50%; na Venezuela: 39%
Pois… crise Venezuelana? Qual crise! A Colômbia está bem pior. Para além do mais a imprensa Europeia não expôs a relação Venezuela-FARC, quanto mais a Norte Americana, preocupada com as eleições! A Colômbia cairá dentro em breve, os probelemas a sério começarão com o Brasil. O próximo passo.
Aliás, a Venezuela não necessita atacar a Colômbia. Uma boa jogada nas eleições Colômbianas (como os atentados de Madrid) e Bogotá passa a pertencer viva e alegremente ao eixo Bolivariano.
Comentar por D. Sebastião II Março 6, 2008 @ 12:12 amRoo-me de inveja!!!
Comentar por shivafaa Março 6, 2008 @ 11:49 amPenso que o objectivo será pôr todos os portugueses a sentir o apelo do nacionalismo!
Comentar por shivafaa Março 6, 2008 @ 11:51 amNum ponto tens razão DS, o apoio americano a Colômbia é vital para evitar sua queda.caso a Casa Branca adote a mesma postura do canalha Jimmy Carter* a América Latina estará fodida.
Comentar por Aldo Friederiksen Março 7, 2008 @ 2:08 am* em menos de 4 anos de governo o FDP traiu o Xá da Pérsia, colocando os xiitas radicais no poder no coração do Médio Oriente, ofereceu de bandeja a Nicarágua ao comunismo, que veio a gerar cerca de 300.000 mortos naquela região, e tbém aos comunas da Àfrica Portuguesa, levando ao desastre civilizacional que vemos hoje por lá.É ,mein freund, Ich bedauere das sehr.Haverá futuro?
Falta la bandera gloriosa Sangre y Oro
Comentar por filomeno Março 12, 2008 @ 8:14 pmOs meus parabens a todos os intervenientes que tornaram esta acção possivel e fizeram dela uma excelente acção.
Parabens a CI!
Comentar por Hg Março 25, 2008 @ 6:49 pm